quinta-feira, 2 de outubro de 2014

E este ano?

Depois do ano passado ter sido tão intenso este ano começou, tal como esperávamos, mais calmo. "Nada de interessante se está a passar..." ... nada disso! Quer dizer... claramente mais calmo, mas ainda com algumas peripécias ;)

Mas a nossa principal preocupação é sempre as míudas. Mesmo que as coisas corram bem, os nossos pensamentos vão sempre para elas. Até elas dizem "Mamã, relaxa, está tudo bem!" (é mais a H. que me diz isto), a M. começou uma nova etapa na sua vida, e não poderia ser fácil. Não o foi para nenhum de nós e certamente não o seria para ela também: a 1ªclasse.

Mas algo facilitou muito o nosso regresso..., foi o regressar para a nossa casa. A nossa casa!
Foi chegar, poisar as malas, e relaxar... 
- sem stress de: sitíos temporários em que nem vale a pena tirar algumas das coisas das malas, porque aqui não vão fazer falta,
- sem o stress do: bolas, que faz mesmo aqui falta isto, mas que treta que não podemos fazer nada.
- sem o stress de: daqui a uns meses vamos estar a procurar um novo sitío porque este é temporário.

Dizem que o ser humano se sente perdido/desorientado sem a sua casa, o seu ninho... e é de facto um dos factores mais importantes para a estabilidade emocional de uma família, de um indíviduo.

E foi assim que nos sentimos quando regressámos... calmos e relaxados... nem sequer nos precisámos de preocupar com as coisas do "regresso às aulas" que aqui eles tratam de tudo.

A nossa casa ainda passou por uma prova importantíssima: será capaz de receber uma família de 4? A resposta é sim! 
A família G. chegou no dia seguinte a nós. Quartos preparados sem grandes alterações, ninguém se sentiu "apertado", tínhamos espaço :). E o melhor foi que ninguém teve de dormir na sala ou levar connosco às 6:30 a tomar o pequeno-almoço.
Não, correcção. O melhor mesmo foi ter a família G. connosco!
Foi uma continuação das nossas férias em Portugal. 
Foi uma renovação de amizade, que sempre existiu e que esteva lá, mas estava meio "adormecida".
Foi muito muito bom!

Foram 5 dias, a conhecer uma cidade e um país que ainda a nós nos surpreende. De brincadeiras no jardim com a escavadora. Das conversas à noite (não podiam ser até de madrugada, porque no dia seguinte era dia de escola/trabalho). De muitas caminhadas e quase pés rebentados.
(suspiro)
Foi mesmo bom. Durante uma semana andei a "ressacar" da falta que me fizeram :) A responder às perguntas das meninas. "Achas que eles voltam?", "Achas que a B, me acaba o porta-chaves quando estivermos lá no Natal?", "Oh, era tão giro com elas aqui...
(suspiro, outra vez)

Mas a nossa vida ainda precisava de mais uns arranjos! Algumas coisas na lista que foram prioritizadas: carro, tv, algo para nos sentarmos no nosso "jardim de inverno", festa da H., regresso às aulas de sueco.

Carro estava no topo da lista e cumprimos. Obrigadinha a todos os que me aconselharam a não ter carro em Estocolmo. Pois sim, apenas dizem isso porque não viveram em Estocolmo, porque não tinham compras da semana a fazer para uma família de 4, porque não tinham amigos fora do centro de Estocolmo, porque não fizeram nada fora do centro de Estocolmo. Belo conselho! Está no lixo!
Temos carrinho e sabe-nos muito bem!

Festa da H.: depois da festa de arromba em Portugal, que me ia destruindo a garagem, fizemos uma festa na Suécia. Marcada com 3 semanas de antecedência por causa das famílias suecas e que baralhou os nossos amigos tugas. E que ao início da noite me virei para um pai italiano e lhe disse:
- "Bem...", 
- "Está na hora de irmos embora...", interrompe-me ele! 
- "Não, vamos agora jantar", respondo-lhe eu. 
O olhar surpreendido dele foi hilariante. Mas há lá festa portuguesa que comece à tarde e não se prolongue para o jantar?? E para os italianos é igual, mesmo que estejamos na Suécia.
A H. esteve felicíssima. E nós também que desta vez abrimos as portas em grande da nossa casa :)

O resto foi acontecendo, como normalmente nos acontece: com calma.

Estamos bem! Estamos a aproveitar a nossa casa, os últimos dias de Sol, e um ligeiro quentinho. 
Sentimo-nos bem quando chegamos ao nosso cantinho... aqui, quase, quase à beira lago plantado.




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